por Giselle Muniz
O ano de 2022 começou com um misto de incertezas e também novas perspectivas em diversas áreas. O aparecimento e a rápida disseminação de novas variantes do vírus SARS-CoV-2, bem como os efeitos, em longo prazo, em pessoas que superaram a infecção, continuam a ser temas de notícias diárias e estudos em pesquisas científicas. Concomitantemente a tudo que tem acontecido desde o ínicio de 2020 em todo o globo, a ciência persevera na tentativa de continuar avançando em segmentos diversos. A revista espanhola “Investigación y Ciencia” publicou recentemente algumas das principais ações de níveis mundiais esperadas para ocorrer durante esse novo ano.
Para além das pesquisas relacionadas a vacinas para a Covid-19, um dos acontecimentos mais aguardados pela esfera científica é a retomada programada para junho, do funcionamento do maior acelerador de partículas do mundo, denominado Grande Colisor de Hádrons ou Large Hadron Collider (LHC), permitindo a coleta de dados relacionados às 40 milhões de colisões de prótons que ocorrem a cada segundo em cada um deles. O laboratório do acelerador localiza-se a 175 metros abaixo do nível do solo, próximo a Genebra, na Suíça, e estava em manutenção há anos.
Aliado a isso, é aguardada pela ala climática a Conferência Anual de Mudança Climática das Nações Unidas (COP27), prevista para ocorrer entre os dias 07 e 18 de novembro desse ano, em Sharm El-Sheikh, no Egito. As expectativas é que possam concluir metas e acordos para 2030, ajustados e alinhados ao “Acordo de Paris” de 2015, com fim de limitar o aquecimento global abaixo de 2 graus Celsius em relação as temperaturas pré-industriais.
No âmbito espacial, acontecerá o lançamento lunar da NASA, planejado para março de 2022, nomeado de missão Artemis I, um voo não tripulado ao redor da Lua, testando o desempenho tanto do foguete SLS (Space Launch System) quanto da cápsula Orion durante 25 dias. O Programa Artemis, com seus demais lançamentos, foi considerado benéfico para a ciência espacial brasileira pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, em uma entrevista a Radioagência Nacional.
Os projetos e acontecimentos aguardados nas diversas porções da ciência mundial e nacional são muitos, ainda que acompanhados por muitas instabilidades específicas e também em níveis globais, como a continuação da pandemia do Coronavírus, que ainda contribui para paralisação ou mudanças em planejamentos de eventos, encontros, e fenômenos.