por Henrique Rocha
A implantação de novas tecnologias de hardware e software na construção civil resultou no desenvolvimento tecnológico nos projetos e no canteiro de obras, por exemplo, a Realidade Aumentada (RA) que atende a Engenharia Civil e a Arquitetura com a construção de modelos geométricos digitais em 3D para a substituição de maquetes físicas. Utilizando as coordenadas do Global Positioning System (GPS), a Universidade da Califórnia, em 1993, confeccionou o primeiro sistema móvel de realidade aumentada para atendimento do público com deficiência visual com legendas em áudio de imagens captadas.
Caudell e Mizeel, 1992, definem a realidade aumentada como a visualização em tempo real de um espaço físico com seus elementos aumentados por determinação computacional. A realidade aumentada é uma experiência gráfica imersiva, ou seja, são elementos gráficos sobrepostos a imagens físicas reais. Em sua monografia “Realidade Aumentada Aplicada a Projetos Arquitetônicos de Engenharia Civil“, Paulo Max cita o exemplo da construtora Montosa que oferta serviços de construção civil com apresentações dos projetos em realidade aumentada e recebeu notoriedade pelo serviço ofertado.
Para engenheiros, o uso de modelos geométricos digitais auxilia em questões analíticas, podendo possibilitar a criação de modelos imersivos, testes em túneis ou simulações técnicas. Sendo uma variação imersiva da Realidade Virtual (RV), a RA permite a inserção dos mais diversos elementos virtuais em ambientes físicos reais, permitindo mapeamentos e confecções de projetos com maior versatilidade, assim como simulações da engenharia com menores erros percentuais.
Freitas e Coeli Ruschel, em Aplicação de realidade virtual e aumentada em arquitetura, descreve que nos campos da Arquitetura e da Construção Civil há um interesse no uso dessa ferramenta para a melhoria do estado da arte visual na arquitetura, na confecção de projetos, na edificação e em sistemas de gerenciamento na engenharia. Esse interesse na aplicação da RA é motivado pela redução de custos, redução de erros e no tempo gasto na confecção de projetos, tornando a ferramenta em uma promessa potencial na Arquitetura e Construção Civil.