ENERGIA SUSTENTÁVEL PROVINDA DOS OCEANOS

por Breenda Oliveira

É de conhecimento geral que houve um aumento na procura de fontes de energia renováveis, pois a partir dela é possível a produção de energia elétrica sem que haja degradação ambiental, sendo assim, há uma melhoria da qualidade de vida. Nas últimas décadas, a chamada “energia azul” vem mostrando um grande potencial energético, pois os mares e oceanos possuem uma quantidade considerada quase inesgotável dessa energia, além disso, com as ondas e marés, detém-se tecnologias avançadas para a produção de energia elétrica.

A energia das ondas, também chamada de força ondomotriz, gera energia elétrica através das movimentações das ondas. O Brasil possui uma ampla área de exploração desse tipo de energia, podendo ser gerada principalmente no Norte e Nordeste do país. Esse sistema é composto de uma plataforma em que se localiza o subsistema que consiste em flutuadores, braços mecânicos e bombas conectadas a um circuito de água doce que, através do movimento das ondas faz com que essa água circule num local de alta pressão, movimentando a turbina, que aciona um gerador de energia elétrica.

Fonte: https://autossustentavel.com/2020/04/ondomotriz-energia-ondas.html

Através de uma parceria de pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da UFRJ e com o apoio do Governo do Estado do Ceará, em 2012 foi instalado o primeiro projeto piloto da América Latina, no quebra-mar de Porto do Pecém, localizado no Ceará. Devido à falta de recursos para a continuidade do projeto, ele foi finalizado em 2014, quando houve a retirada dos equipamentos. Apesar disso, o laboratório continua com os estudos acerca da energia das ondas e o Porto de Pecém desenvolve estudos de viabilidade juntamente com uma empresa israelense.

Fonte: https://autossustentavel.com/2020/04/ondomotriz-energia-ondas.html

Por ser uma fonte de energia renovável e não poluente, ela irá apresentar riscos mínimos ao meio ambiente, assim como a diminuição da emissão de gases que amplificam o efeito estufa. Outra vantagem da sua implementação é o fato de possuir grande aproveitamento energético, no Brasil calcula-se que é possível produzir 14GW de potência elétrica por meio da força ondomotriz. Além disso, por não necessitar de equipamentos muito sofisticados, a manutenção desses aparelhos não necessita de muitos investimentos.

Não obstante, como qualquer outra fonte de energia, há também as desvantagens, sendo elas o alto custo de instalação, pois elas devem ser fortes e sólidas, ao mesmo tempo em que devem ser sensíveis para que haja a captação das ondas; esse tipo de geração requer ondas de grande amplitude e causa um afastamento de fauna marítima por conta dos ruídos emitidos pelos equipamentos, o que pode perturbar a dinâmica natural dos oceanos.

Apesar das diversas vantagens, por ser uma tecnologia nova no mundo, ainda não há nenhum dispositivo em fase comercial de aproveitamento de ondas, apenas protótipos de estudo, que operam por um determinado período de tempo e depois são desativados.