Por Beatriz Lourenço
Na região Nordeste, tem-se o clima semi-árido. Segundo dados da Embrapa (2007), a região possuía 1,56 milhão de km², o que corresponde a 18,2% do território brasileiro; além disso, a região também possui a maior parte do semi-árido do país, trazendo características marcantes, como as chuvas escassas e mal distribuídas, sendo o clima mais quente do Brasil, com temperaturas que costumam variar entre 20ºC e 30ºC. Outros pontos marcantes deste clima são: a baixa amplitude térmica anual e a baixa umidade relativa do ar. As características deste tipo de clima têm aumentado os riscos às atividades agropecuárias e facilita o processo de degradação ambiental, proveniente dessas práticas.
Uma das consequências mais graves trazidas, é a acentuação do processo conhecido como desertificação, que é o processo pelo qual áreas originalmente cobertas por vegetação tornam-se desérticas ou semidesérticas devido a uma combinação de fatores naturais e atividades humanas. As principais causas da desertificação incluem: mudanças climáticas, atividades humanas como agricultura insustentável, desmatamento, pastoreio excessivo, irrigação controlada e super exploração de recursos naturais; uso de recursos naturais; crescimento populacional; desenvolvimento insuficiente; expansão urbana desordenada e más práticas de gestão de recursos.
Dessa forma, é possível observar que os próprios procedimentos realizados nas atividades agropecuárias ajudam a acelerar o processo de desertificação desta áreas, principalmente ao levar em consideração a relevância dessas atividades para a economia da região nordestina.
Segundo César Nunes de Castro, pesquisador na Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (DIRUR) do Ipea, a agricultura tem grande destaque entre as atividades econômicas no Nordeste brasileiro, sendo variada com relação às culturas, sendo a cana-de-açúcar a principal cultura.
Assim, foi possível perceber a importância de se estudar e aplicar práticas e processos que ajudassem a desacelerar o processo de desertificação, e, a partir disso, foi sancionada a Lei Nº 13.153, de 30 de Julho de 2015, que institui a Política Nacional de Desertificação e Mitificação dos Efeitos da Seca. Esta Lei busca, em suma, definir o conceito de desertificação, apresentar seus fatores, vetores e processos e propor formas de combate.
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