por Jonas Souza
O astrônomo e divulgador científico Carl Sagan sempre dizia em seus livros que os seres humanos eram feitos de poeira das estrelas, com a tecnologia atual temos a certeza que a frase do cientista tinha sentido. Para entender essa história teremos que entender a cronologia da vida de uma estrela no universo que conhecemos.
Uma estrela costuma nascer em locais do universo chamados de nebulosas, esse locais são ricos em moléculas de hélio e hidrogênio que são os elementos básicos na vida de uma estrela comum, graças a força da gravidade essas moléculas se juntam e à medida com que vão se juntando vão se aquecendo, com o passar de milhares de anos essas moléculas ficam aquecidas ao ponto de começar o processo de fusão nuclear onde existe a queima de átomos de hidrogênio.
A fusão nuclear consegue liberar energia o suficiente para que assim nasça uma estrela que viverá enquanto ainda tiver hidrogênio para ser queimado. Existem casos em que, por conta da pouca quantidade de moléculas e matéria não é possível fazer fusão nuclear suficiente para liberar grande energia, assim a estrela se esfria gerando uma estrela anã Marrom que é um astro de tamanho menor e que libera uma apenas uma pequena fração de energia se comparada a uma estrela comum.
Após o nascimento de uma estrela tem-se um objeto de altas temperaturas, uma liberação de energia e com poeira, gases e rochas em sua volta. Graças à força da gravidade esses materiais, que foram sobras do processo de criação da estrela, começam a se unir e tomar um formato esférico, formando assim planetas e satélites naturais(luas), assim temos a criação de um sistema solar.
No fim de sua vida uma estrela após consumir todo seu hidrogênio a estrela começa a consumir o seu hélio o que faz com que sua temperatura e liberação de energia aumentem drasticamente, nesse processo de fusão temos também a transformação do hélio em carbono, oxigênio e outros vários materiais que conhecemos no universo. Ao final definitivo da queima dos principais elementos ela pode ter 3 finais possíveis: em estrelas pequenas ou médias de mesmo tamanho que o sol, temos um processo em que a estrela se expande e logo em seguida comprime, ficando infinitamente com menos massa, o que gera as chamadas anãs brancas, que são objetos pequenos e quentes.
Em estrelas de até 8 vezes a massa solar temos uma expansão incontrolável o que gera as explosões mais violentas do universo, essas explosões damos o nome de “Supernovas”, é nesse evento que é liberado quantidades de energia superior a toda energia liberada pela estrela em sua vida, também é liberado materiais pesados como: silício, enxofre, ferro e níquel. Depois de uma supernova resta apenas o núcleo muito denso a qual damos o nome de estrelas de nêutrons e graças a sua alta densidade, esse objeto consegue girar muito rápido produzindo ondas eletromagnéticas que passarão por todo o universo.
Em objetos de até 30 vezes a massa solar ao fim de uma supernova temos um objeto mais denso que uma estrela de nêutrons, com massa e gravidade infinita onde as leis da física são levadas ao limite, esse objeto damos o nome de “buracos negros” e são um dos elementos mais intrigantes do universo.
Por fim, chegamos à conclusão que a maioria dos átomos que compõe a vida na terra e os que formam o corpo humano é fruto de Milhares de anos de vidas de estrelas que suportaram pressões e temperaturas altíssimas até chegarem ao seu fim. Então quando olharmos para o céu a noite, podemos afirmar com certeza que estamos de alguma maneira conectados com tudo o que vemos e como Carl Sagan estava sempre certo em sua afirmação. Os argumentos da pesquisa poderão ser encontrados nos livros: “Pale Blue Dot: A Vision of the Human Future in Space“ e “Cosmos”, ambos escritos pelo próprio Carl Sagan.