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por Hugo Prado
O aquecimento global designa o aumento das temperaturas médias do planeta nos últimos tempos, embora o aquecimento do planeta seja um efeito natural para manutenção da vida, as atividades antrópicas (ações realizadas pelo homem), vêm intensificando a elevação dessa temperatura.
Intimamente ligado ao aquecimento global, o efeito estufa é um fenômeno relacionado as mudanças climáticas do planeta. O efeito estufa ocorre pelo aumento da emissão de gases poluentes, chamados gases de efeito estufa (monóxido de carbono, dióxido de carbono, clorofluorcarbonos, óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e metano). As principais atividades humanas, que contribuem para a larga emissão desses poluentes são: uso de combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas e atividades industriais. Como consequências dessas emissões e a alteração do planeta provocada pelo aquecimento, ocorrem as mudanças climáticas severas, mudanças na composição da fauna e flora, derretimento de massas polares, aumento de casos de desastres naturais (inundações, tempestades e furacões), extinção de espécies, desertificação de áreas naturais e secas frequentes.
Com o objetivo central de tornar confiável o controle da ameaça das mudanças climáticas e reforçar a capacidade dos países em gerir os impactos decorrentes dessas mudanças, na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC de 2016, em Paris, foi aprovado pelos 195 países da Parte da UNFCC o ‘Acordo de Paris’, que surge como resposta para a redução da emissão dos gases do efeito estufa. O compromisso do Acordo de Paris ocorre na perspectiva de que o aumento da temperatura média global seja menos que 2ºC acima dos níveis pré-industriais (1850 a 1900) e que sejam envidados esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais. O acordo prevê que seria necessário reduzir em 42% as emissões de gases do efeito estufa até o ano de 2030, se a redução chegar a 28% o aquecimento global chegaria 2º acima dos níveis pré-industriais, limite previsto pelo acordo.
Em resposta a não contribuição dos países na diminuição da emissão dos gases do efeito estufa, na última sexta-feira (17/11/23) a temperatura média global foi de 2,07º acima da média pré-industrial, ultrapassando o estabelecido no ‘Acordo de Paris’. Essa marca foi divulgada na segunda (20/11/23) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia (UE). O órgão ressaltou que a tendência do aquecimento seguiu até o próximo dia, e a previsão é que os meses de recorde de calor façam de 2023 o ano mais quente da história. De acordo com estudos realizados por Copernicus, os meses de junho a outubro de 2023 foram os mais quentes já registrados globalmente. O Relatório Anual de Lacuna de Emissões 2023, divulgado nesta segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) mostra que, até o início de outubro, haviam sido registrados este ano 86 dias com temperaturas superiores a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O mesmo relatório informa que se os esforços realizados pelos países mantiverem os mesmos do que está sendo feito, a média da temperatura global chegara a 2,9 ºC mais quente até 2100, tornando algumas regiões inabitáveis.
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