Por Beatriz Lourenço
O consumo desenfreado, a produção em escala sem medir e mitigar danos ambientais e o aumento da população mundial, dentre outros fatores, colocam em risco a disponibilidade de recursos naturais e agridem drasticamente o meio ambiente, seja por poluição sonora, do ar, do solo, ou da água.
No Brasil, por exemplo, entre 2010 e 2022, a população cresceu cerca de 6,5%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo no ano de 2022, 203,1 milhões de habitantes; segundo a Agência Brasil, cada pessoa no país gera, por ano, cerca de 343 quilos de lixo, o que totaliza 80 toneladas de resíduos por ano. As atividades industriais, de mineração e de geração de energia, liberam gases do efeito estufa e colocam o Brasil em sexto lugar no ranking de maiores poluidores mundiais.
Visando ter uma relação menos agressiva com o meio ambiente, minimizar danos e impactos ambientais, e encontrar benefícios financeiros, de maneira voluntária, empresas têm buscado implantar o Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) em seus processos operacionais.
Um SGA é uma abordagem organizacional para identificar, monitorar e gerenciar os impactos ambientais de uma empresa, e envolve a implementação de políticas, procedimentos e práticas destinadas a promover a sustentabilidade e a redução do impacto ambiental das atividades da instituição. Dessa forma, o objetivo principal de implementar um sistema de gestão ambiental é integrar considerações ambientais nas operações cotidianas, visando a conformidade legal, a melhoria contínua e a promoção da responsabilidade ambiental, o que, por sua vez, pode também ser vantajoso para empresa conseguir melhorar suas relações com seu público-alvo e facilitar quaisquer tipos de parceria que venha a desejar.
Para regulamentar a implantação e a operação de um SGA, foi desenvolvida a ISO 14001, uma norma de aplicação internacional que define os requisitos a serem atendidos e reconhece que o sistema visa tanto a gestão de impactos ao meio ambiente quanto a lucratividade da organização.
A certificação dessa norma pode trazer diversos benefícios às organizações que a possuem, como a redução de custos operacionais, melhoria de competitividade e produção e compatibilidade com parâmetros estabelecidos pelas legislações ambientais vigentes. Para conseguir a certificação, a empresa precisa atender alguns pré-requisitos, dentre eles: política ambiental estabelecida, avaliação dos impactos ambientais, metas ambientais traçadas e ter programa de gestão ambiental, além de estar de acordo com as legislações aplicáveis.
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