por Henrique Rocha
No final da década de 1960, as relações homoafetivas ou não cisgêneras eram ilegais em todo o território norte-americano, exceto Illinois. A autora Ann Bausim descreve em seu livro, Stonewall: Breaking Out in the Fight for Gay Rights, que a homossexualidade era entendida como uma patologia e as pessoas eram encaminhadas ao tratamento psiquiátrico intensivo (eletrochoque, castração e lobotomia).
A Revolta de Stonewall, conhecida como o início da luta por direitos humanos da comunidade LGBTQIA+, ocorreu no dia 28 de junho de 1969, na cidade de Nova Iorque nos Estados Unidos da América (EUA), onde aconteceu uma ação de repressão policial no bar Stonewall Inn motivado por homofobia e transfobia. O Institute on Race, Equality and Human Rights descreve que esse tipo de repressão em bares com aglomerados de pessoas Queers, gays ou transsexuais/travestis eram comuns.
A revolta aconteceu enquanto os funcionários e clientes do bar Stonewall Inn eram presos e parte do público jogava moedas nos policiais para remeter à propina que cobravam para não intervirem com repressão nos bares locais.
A reação de resistência no bar Stonewall Inn desencadeou uma série de protestos, no ano seguinte a revolta, o grupo organizou a primeira marcha do orgulho gay. Nesse grupo minoritário, podemos citar duas protagonistas e ícones da resistência: Sylvia Rivera e Marsha P. Johnson. O documentário The Death And Life Of Marsha P. Johnson (“A Morte e a Vida de Marsha P.Johnson”), título da plataforma de streaming Netflix, explora a biografia das veteranas de Stonewall, e detalha como Marsha e Sylvia criaram a Street Transvestite Action Revolutionaries (S.T.A.R) para abrigarem jovens LGBTQIA+ que viviam nas ruas. O “Dia Internacional do Orgulho Gay e Lésbico” é celebrado todos os anos no dia 28 de Junho, como resultado da Revolta de Stonewall.